Cum-Clave: a sinfonia da Divina Ruah
- Rosinha Martins

- 7 de mai.
- 2 min de leitura

Por Rosa Martins
O Vaticano se transformou num imenso Cum-Clave – não apenas de chaves que abrem portas celestiais, mas de notas que compõem a melodia da esperança. Que esta reunião seja de fato Cum Claves que ressonem em uníssono a harmonia e paz em vista de um outro mundo possível. Na regência da Divina Ruah, o mundo possa, ao ver subir aos céus a fumaça em sua alvura extrema, cantar a esperança em uma Igreja serva e renovada no amor e na esperança.
Dó – "Dominus" (O Senhor)
É a nota-raiz, a fé inabalável que sustenta a Igreja. Como Francisco nos lembrava: "Deus não cansa de perdoar". O mundo sonha com uma humanidade que não canse de buscar a paz. Assim como o DÓ é a primeira nota da escala, Deus é o princípio e o fim. Francisco insiste: "Não somos donos da criação, mas administradores" (Laudato si’). Portanto, todos, todos, todos que fazem parte da Igreja, nela está a serviço do Criador e Senhor de todas as coisas.
Ré – "Reino" e Respeito à Casa Comum
O Reino de Deus, tão presente nos gestos do Papa Francisco aos marginalizados.. O mundo clama por reinados de justiça, onde os últimos sejam primeiros.
Mi – "Misericórdia"A nota que embala o abraço aos feridos, as periferias existenciais. O sonho? Que a compaixão vire linguagem universal.
Fá – "Família"A nota da comunhão, da Igreja como lar. Francisco nos ensina que "o amor é a única força capaz de transformar". O mundo anseia por laços que não se rompam.
Sol – "Solidariedade"O brilho que aquece o Fratelli Tutti. O sonho é um mundo onde ninguém seja tratado como descartável.
Lá – "Laudato Si'"
O canto da Criação, o clamor da Terra. Como o Papa ecoa: "Tudo está interligado". O mundo deseja um amanhã onde a ecologia seja sinfonia, não luta.
Si – "Sinais", “sinodalidade”
A nota dos pequenos milagres cotidianos. Francisco nos convida a ver Deus no rosto do outro. O mundo sonha com olhos que enxerguem além das aparências.
Dó – "De novo"
A oitava que se renova: voltamos ao início, mas mais altos. O Conclave é este mistério – um mesmo Espírito compondo novas harmonias.
Que os cardeais, como maestros do divino, escutem não apenas os sussurros da tradição, mas os gritos do mundo. E que desta Capela Sistina – agora transformada em grande partitura – nasça uma melodia que una céu e terra.









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